Vivemos tempos conturbados e incertos, disso não há dúvida. Para um investidor imobiliário, o desafio da otimização dos seus investimentos sempre foi grande. Na verdade, se por um lado encontrar boas oportunidades de investimento nunca foi fácil, por outro a elevada carga fiscal dificulta sobremaneira a rentabilização dos investimentos. Atualmente, somos forçados a acrescentar uma nova variável a esta equação: a inflação. Mas, afinal, o que é a inflação? Há tantos anos que não nos confrontávamos com este fenómeno, que provavelmente já estamos um pouco esquecidos do que é e qual o seu efeito.
Numa economia de mercado como a nossa, é natural que os preços dos bens e serviços estejam sujeitos a variações. Na prática, alguns preços sobem, outros descem. Ora, a inflação ocorre quando se verifica um aumento generalizado dos preços dos bens e serviços. O seu efeito prático é relativamente simples de explicar: com 1 euro, cada um de nós compra menos hoje do que ontem. Ou seja, a inflação reduz o valor da moeda ao longo do tempo.
Nos dias que correm verificamos que a inflação em Portugal está em valores de há quase 30 anos (no momento em que escrevo, já ultrapassou os 7%). Mas quais as causas deste movimento inflacionista atual? São três as principais razões: o relançamento da economia após a pandemia da Covid-19 (aumento da procura de determinados produtos faz aumentar o seu preço), os preços mais altos dos produtos energéticos (que se têm acentuado com o conflito armado na Ucrânia, devido à escassez de oferta, particularmente notória no gás e no petróleo), e os chamados “efeitos de base” (inflação anormalmente baixa nos anos mais recentes, pelo que uma subida era praticamente inevitável).
Conteúdo restrito a Subscritores.
O conteúdo que estás a aceder é restrito a utilizadores registados. O registo é GRATUITO, e pode fazê-lo através do seu email no formulário abaixo: